terça-feira, 19 de junho de 2012

Eduardo Galeano

E se a qualquer enciclopédia você perguntar qual foi o primeiro país que aboliu a escravidão, receberá sempre a mesma resposta: a Inglaterra. Mas o primeiro país que aboliu a escravidão não foi a Inglaterra e sim o Haiti, que ainda continua expiando o pecado daquela dignidade.

http://narrativasargentinas.wordpress.com/2011/09/28/eduardo-galeano-%E2%80%9Co-haiti-nao-precisa-que-estrangeiros-multipliquem-suas-calamidades%E2%80%9D/

domingo, 17 de junho de 2012


Prova da UERJ do dia 16 de junho de 2012 comentada – parte de humanas!



44) questão sobre o World Trade center – tranquila, com opções fáceis – gabarito C: após os atentados o aumento da intervenção militar norte americana no Oriente Médio foi legitimada!



45) questão sobre romantismo – a opção que falava de integração racial era incorreta pois o Brasil vivia a escravidão! Resposta: D. O romantismo vai se referenciar no indígena para a construção da nossa nacionalidade – confiram com a Roseane!



46) questão do Boas- gabarito A – não podemos falar de etnocentrismo, pois isso significaria dizer que o Boas acha SUA ETNIA SUPEROR – falamos mais ou menos sobre isso...



47) questão de história – trabalhismo – ainda vamos discutir sobre: letra B



48) D – década de 1930, pós cirse de 1929, falaremos ainda sobre em história...



49) leitura de gráfico – gabarito A

50) gabarito A – pensem no capitalismo contemporâneo e no nosso consumismo...

51) AÍ ESTÁ UMA QUESTÃO BOA, O ALUNO BEM INFORMADO LEU SOBRE AS MALVINAS, DADO QUE FOI ANIVERSÁRIO DE 30 ANOS DA INVASÃO INGLESA NAS ILHAS – Gabarito: D

52) questão da geografia: B

53) questão complicada, dado que a letra D para mim também cabe, pois o Porto-Maravilha visa se tornar um espaço de consumo, logo de serviços... mas, o gabarito foi a B, dado que a Perimetral é um abuso contra a Bahia de Guanabara e etc.

54) povoamento = conceito da geografia. Gabarito: C

55) questão de geografia. Quem fosse atento matava fácil. Olha como a China exporta máquinas e derivados industriais, enquanto a África exporta produtos de pouco valor agregado (matérias-primas) – gabarito B



56) questão sobre as línguas indígenas. Muito fácil também, só responder com atenção! Gabarito C



57) questão de geografia – gabarito: C



58) questão de geografia – gabarito:A

59) questão de geografia – gabarito:C – atenção que tinha uma pegadinha. Os migrantes quando se reproduzem nesses países europeus aumentam o crescimento demográfica. A gente tende a pensar só nos franceses de origem e etc, aí está a pegadinha!

60) questão tranquila – essas novas fontes de energia precisam de tecnologia avançada - D

As Independências das Américas

As independências americanas: EUA, Haiti e América Espanhola.



- O que é “independência”?



Como ocorreu a dos EUA?

A independência das 13 colônias inglesas na América do Norte (1776):



- Mudança na postura metropolitana (meados do XVIII):

  . criação de novos impostos

  . limites à autonomia política e econômica das colônias

  . boicotes, revoltas, sabotagens pelos colonos

- O processo de independência:

  . articulação dos colonos: reivindicação de representação política e, depois, declaração de independência (1776) = influência de princípios iluministas

  . Guerra contra Inglaterra (1776-1781) e vitória dos colonos: apoio de países europeus e participação de escravos

- Pós-independência:

   . Criação dos Estados Unidos, com Constituição dos EUA, República e o Federalismo = exemplo nas Américas

   . Manutenção da escravidão e voto censitário







A independência do Haiti (1804): -como ficaram as colônias francesas após o governo jacobino?

- Luta pela abolição e pela independência: lideres negros. 85% de população escrava.

- Influência iluminista

-1804, com apoio inglês, derrotam Napoleão.

-Massacre de parte da elite branca.

-Em 1825, com um governo conservador, a França reconhece a independência.

- “Haitianismo” →temor das elites escravistas da América do exemplo haitiano.

- Isolamento da ilha.

                                                                                                               

As independências das colônias espanholas na América (1810-1825)



- Contexto histórico (início do XIX):

Precedentes:

A independência do EUA;

Iluminismo;

Ineficiência da Espanha em gerir as colônias;

Bloqueio Continental→ foco da Inglaterra na América.

Os criollos: independência = ampliação de seus poderes

- O processo de independência:

Invasão napoleônica à Espanha: Cabildos (câmaras coloniais) como “Juntas Governativas”.

- Apoio popular a independência.

- guerras de independência.

-Adoção republicanismo (EUA), exceto o México por pouco tempo.

- Independências conservadoras: para o povo quase nada mudou.

- Independência política, não econômica.



Pan-Americanismo→ Simon Bolívar→ união da antiga América espanhola, fracassada.


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As transformações da América Portuguesa e o processo de independência do Brasil.



As transformações da América Portuguesa (século XVIII):

- Século XVIII→ Descoberta das minas e aumento do controle metropolitano;

- transferência da capital de Salvador para o RJ.

A sociedade mineradora → tensão cotidiana.

Guerra dos Emboabas” 1707- 1709→Paulistas desejavam o controle das minas derrotados. “Revolta de Vila Rica (ou Felipe dos Santos)”→ Contra as casas de fundição e o quinto.



Séculos XVIII e XIX→ aumento do tráfico negreiro, destaque de comerciantes “brasileiros”.



As conjurações (ou inconfidências):

Minas Gerais, 1789→ intelectuais criticando Portugal - planejavam a independência de Minas sem acordo a escravidão.

- grupo foi descoberto e Tiradentes (mais humilde deles) enforcado.

Bahia, 1798→ “Conjuração dos alfaiates”- diferentes setores sociais→ cunho social.



Período joanino (1808-1821):

- Fuga da Corte portuguesa→ invasão de Napoleão a Portugal. Suporte da Inglaterra.

Projeto de um império Luso-Brasileiro com base na América.

A caminho D. João VI faz a “abertura dos portos brasileiros às nações amigas”= fim do Pacto Colonial.

Rio de Janeiro: Nova sede do Império→ 1ª grande transformação da cidade.

Novas Instituições: imprensa régia o Banco do Brasil (para o desenvolvimento econômico), faculdades (duas), vinda de artistas.

Manufaturas no Brasil.



-1810 D. João VI: tratados com a Inglaterra→ privilégios comerciais e civis. D; João VI se compromete a acabar com a escravidão (não cumpriu).



Em 1815 o Brasil como “Reino Unido a Portugal e Algarves”.



D. João VI em 1817 destrói a “Insurreição Pernambucana”→ Revolta contra a Corte do Rio de Janeiro. Privilégios da presença da família real: só no Sudeste. Elites abandonam o movimento.



- O processo de independência:

Revolução liberal do Porto (1820) → Retorno do rei, constituição (fim do absolutismo) e sujeição do Brasil. D. João retorna, mas D. Pedro permanece no Brasil.



Ultimato das cortes portuguesas para a volta de D Pedro: declara a independência em 1822→ Apoio das elites Brasileiras. Brasil: Monarquia, escravidão, latifúndio. Mantém a unidade territorial. Independência sem grande participação popular.

Império Brasileiro: independência política, mas não econômica→ dependência, principalmente da Inglaterra.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

século XVIII: a Europa em transformação

As revoluções inglesas e a Revolução Industrial



1. As Revoluções Inglesas (1640-1689)



Antecedentes:

Século XVII→ rei X Parlamento.

- Guerras Religiosas.

1653: Guerra→ vitória das tropas Parlamentares, base popular.

Radicalização→ “Niveladores” e “escavadores” → liberdade e participação política popular.

- rei decapitado em 1649.




A República de Cromwell→ Puritano burguês.

1651: “Atos de Navegação”.

1653 = “Lorde Protetor”, rei de fato.



 A Revolução Gloriosa→ 1688: Guilherme de Orange da Holanda, sem guerras é coroado e assina a “Petição dos Direitos” (Bill of Rights)= parlamentarismo. Assim, o “rei reina, mas não governa”→ fim do “absolutismo” na Inglaterra. - Burguesia: grande participação política.



A 1ª Revolução Industrial (2ª ½ do séc. XVIII):

 

a) Inglaterra:

- a partir da década de 1780→ Inovações na produção (máquinas à vapor)→ fábricas.

- O pioneirismo inglês: Acumulação de capital / cercamento dos campos (expulsão dos camponeses e a terra como mercadoria)

c) O mundo das fábricas:

- inversão da produção: a máquina dita o ritmo.

- Péssimas condições de vida e trabalho→ Insatisfação de trabalhadores (operários) e repressão.

- crescimento das cidades


d) Novas concepções econômicas e sociais:

liberalismo econômico→ Adam Smith  (1723-1790) → crítica ao mercantilismo. Defende a “lei da oferta e da procura”.

Começo do iluminismo.



O iluminismo e a Revolução Francesa:



- iluminismo:

apogeu: Século XVIII→ França

a) racionalismo; ciência; “direito natural”: Todos nascem iguais; liberalismo;

b) Doutrina não limitada aos burgueses. Panfletos, pela leitura coletiva, sociedades secretas (ex. maçonaria) e espaços privados.

c) Déspotas esclarecidos: Uso de alguns pontos do iluminismo (economia) por monarcas. Ex. caso português do Marquês de Pombal.



A revolução Francesa (1789 – 1815)



.Fases da Revolução



1) 1789→ França em crise econômica: Luís XVI:  aumento de impostos→  o terceiro estado se revolta com apoio popular→ Assembleia para a Constituição.

Luís XVI→ reação. Trabalhadores das cidades (Sans-culottes): revolta → batalhões populares. No campo → nobres mortos e documentos queimados. “Período do Medo”. Cancelados direitos feudais e dívidas dos camponeses.



Declaração de Direitos do homem e do Cidadão” →Liberdade, igualdade civil, liberdade de comércio e direito à propriedade.

1791→ Promulgada a primeira constituição da França→ voto censitário, só homens com renda votavam.

Grupos da Revolução: Gerondinos (moderados), Jacobinos (radicais) e planície

1792: guerra à revolução dos monarcas.

Jacobinos→ perseguição a todos que não apoiassem a revolução→ mortes em massa na guilhotina. Momento mais progressista, com a reformas sociais.

Instabilidade permanente da revolução: apoio Gerondino a Napoleão:



2) O período Napoleônico (1799 – 1815):

Estabiliza e cria ambiente propício para a burguesia. Reprime críticos e censura a imprensa.

1804: “Código Napoleônico”: pró-burguesia.

Governa por plebiscitos e é eleito imperador – participação popular.

Bloqueio Continental: Domina boa parte da Europa →  revanche e propagação da revolução. Todos os países europeus proibidos de comercializar com os ingleses.

Napoleão: fraco internamente e derrotado em batalhas (coligação anti-francesa). 1815: Napoleão exilado.
Monarcas: Congresso de Viena→restabelecer a ordem e o equilíbrio. Santa Aliança: sem a Inglaterra, que apoiava as independências americanas