sábado, 27 de agosto de 2011

As Américas no Século XIX.

EUA:

Sistema político pós-1876:

- Autonomia dos Estados membros da federação.

- Direitos civis negados a escravos. Como, de resto, em todo o mundo.

- Partido Republicano: com as elites escravistas do sul - defesa da autonomia.

- Partido Democrata: com a burguesia comerciante do norte e os Estados que surgem no Oeste.



Expansão territorial: a Marcha para o Oeste:

- Territórios comprados, conquistados por guerras ou negociados, principalmente com o México.

- Estimulada pelo governo

- Sobre populações indígenas e mexicana- violência e massacres

- Surgimento principalmente de pequenas e médias propriedades

- Desde a década de 1830 – maior integração com ferrovias

- Doutrina do “Destino Manifesto”: A expansão e o desenvolvimento econômico como missão divina.

- Atração de imigrantes – grande fluxo.

O Oeste: violência cotidiana.

Republicano e antiescravista nos novos estados a serem criados.




A questão da escravidão:

-Sul – grande número de escravos nas plantations de tabaco.

-1808→ Proibição do tráfico negreiro.

-Escravos: Rebeldia e fugas.

-Crescimento do movimento de oposição à escravidão , especialmente no norte.



-A Guerra de Secessão (1861 – 1865):

-Abrão Lincon presidente, 1860: Democrata antiescravista.

-Sul: pedido de separação política.

-A guerra: Norte- estimulando o alistamento dos escravos que receberiam a alforria – fundamentais para a vitória do Norte.



EUA após 1865:

-Sul, derrotado: Perseguição aos negros e divisão da sociedade pela cor.

-Após a guerra: crescimentos das indústrias e adoção do protecionismo.

-Cidadania negada aos negros e indígenas.

- Desenvolvimento da industrialização (nos quadros da Segunda Revolução Industrial).



América espanhola e Caribe:



- Surgem em diversas regiões lideranças políticas, econômicas e militares, os “Caudilhos” – relações de dominação sobre as populações.

Indígenas: excluídos e perseguidos, em muitos casos sofrendo com trabalhos compulsórios (obrigatórios)

- Manutenção da concentração de terra e da estrutura agroexportadora.

- Escravidão – abolida na segunda metade do século XIX nas regiões escravistas, por pressão inglesa e interna.

- Cidadania negada a negros e indígenas.

- Estados Unidos: afirmação de influência sobre a América Latina→ “Doutrina Monroe”: “A América para os Americanos”: Oposição a qualquer tentativa de recolonização.

-Revoltas de indígenas e negros por melhores condições de vida.

-Imposição do catolicismo e preconceito com as manifestações negras e indígenas. 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

LONDRES INCENDIADA

Então,

todos estamos acompanhando nos jornais os eventos de "vandalismo" na Inglaterra....
Mas classificar de cara como vandalismo não é um reducionismo? Cadê a isenção da nossa mídia?!

Posto aqui uma excelente entrevista com um sociólogo na Globo News, notem a tendência da repórter...

Enfim, é algo que infelizmente não se vê na TV aberta...

http://www.youtube.com/watch?v=HI1YSPHVeIA&feature=player_embedded

O BRASIL IMPÉRIO


O reinado de D. Pedro I (Primeiro reinado):

Apoio da elite brasileira (principalmente do sudeste), que exigia uma constituição para o Brasil.

Divisão das elites em dois grandes grupos principais: o “Partido Brasileiro” e o “Partido Português” –não eram partidos propriamente, eram grupos.  O Brasileiro: duas correntes→ uma mais conservadora e centralista (concentração do poder nas mãos do imperador) e outra mais favorável a descentralização (maior autonomia para as províncias – como os estados eram chamados). Português: manter privilégios dos portugueses e a união com Portugal.



Os portugueses continuavam com privilégios no pequeno comércio, o que gerava muitos conflitos com a população local.



1823: eleição por voto censitário (só homens adultos com renda votavam) para a Assembleia constituinte.

A assembleia:

- Discussão entre os dois “partidos”

- Cria uma constituição que tirava os privilégios comerciais dos portugueses, colocava obstáculos para a participação política dos pobres (renda pelo preço da mandioca – daí chamada “Constituição da Mandioca”) e limitava os poderes do imperador.

D. Pedro I fecha a Assembleia e chama uma constituinte não eleita, que cria a constituição de 1824.

Constituição então outorgada (imposta pelo imperador) com quatro poderes: judiciário, legislativo, executivo e moderador (exercido pelo imperador e acima dos outros poderes).

A Confederação do Equador:

Elites do Nordeste insatisfeitas com a política do imperador.

Projeto de uma confederação de Estados no Nordeste, modelo dos EUA.

As camadas populares se juntam , colocando em questão inclusive o papel dos pobres e do negro na sociedade.

As elites recuam no movimento, que é massacrado por D. Pedro I.

A abdicação de D. Pedro I:

- Constantes revoltas populares.

- Problemas econômicos pelas dívidas com a Inglaterra e pelo crescimento do cultivo de açúcar de beterraba na Europa.

A Guerra da Cisplatina (1825 – 1828)→ enfrentamento entre Brasil e Argentina pela região do Uruguai que acabou tornando-se independente. O conflito foi financiado pela Inglaterra e aumentou a crise econômica.

- Descontentamento nas cidades e na opinião pública.

- A morte de D. João VI em Portugal e a crise de sucessão dão o motivo final da abdicação (1831)



O Período regencial (1831 – 1840):

Caberia a Assembleia eleger três homens para o governo (regência trina), por D Pedro II ter apenas cinco anos. Também houve regências unas (de Feijó e de Araújo Lima).

- Eixo dos debates: centralização do poder ou federalismo.

-Diversas rebeliões, sejam das elites, de classes médias urbanas, da população pobres e de escravos, em diversas regiões.

- Reformas na constituição, diminuindo o poder moderador.

- Criação da Guarda Nacional, para reprimir as revoltas nas províncias.

- 1831: proibição do tráfico de escravos, por pressão inglesa (D. Pedro e D João já haviam também se comprometido com a causa)→ lei que “não pega” – mas alguns escravos lutam na justiça pela sua liberdade.



1840: União das elites políticas para promover a estabilidade e reprimir as rebeliões de cunho social: Promovem a antecipação da maioridade de D. Pedro II (golpe da maioridade).



O governo de D Pedro II (1840- 1889):

Política:

-Não trouxe de imediato a estabilidade social – Revoltas liberais em São Paulo e Minas Gerais (1842), A Revolução Praieira (1848 –Pernambuco, também liberal) e a continuidade da Revolução Farroupilha 1835 – 1845→ Da elite do Rio Grande do Sul, só controlada com a anistia (perdão) aos revoltosos.

- Conduz pacto para a estabilidade política entre os dois grandes partidos: o Partido Liberal e o Partido Conservador, com os mais radicais de ambos os partidos sendo afastados.

-Os liberais lutavam por maior autonomia política das províncias e pela diminuição do poder do imperador, diferentemente dos conservadores.

-Os dois partidos muitas vezes cederam e participaram ativamente dos gabinetes ministeriais, revezando-se.

Economia:

- Momento de prosperidade com o Café (plantado inicialmente no Vale do Paraíba, entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais (década da 1830), que teve seu auge na Região Oeste de São Paulo)- produto valorizado, passa a ser o principal artigo de exportação.

- Crescimento do tráfico de escravos, apesar da oposição inglesa.

- Modernização de alguns setores, com a construção de ferrovias e estradas e uma pequena industrialização (com a renda do café e com capital inglês)

- Crescimento das cidades.

- Surto da produção de borracha na Amazônia e de algodão no Maranhão no contexto da Guerra de Sucessão nos EUA (1860-65)

A Guerra do Paraguai (1865 – 1870):

- Disputa sobre fronteiras e a navegação de rios inicialmente entre Paraguai, Argentina e Uruguai.

- Brasil entra no confronto e torna-se o principal agente da guerra.

- Contingente brasileiro majoritariamente negro. Escravos alforriados para lutar, muitas vezes no lugar dos senhores.

- Objetivo brasileiro: impor sua hegemonia.

- Guerra mais sangrenta da história da América→ Paraguai devastado.

- Inglaterra: grande financiadora (aumento da dívida do Brasil)

- Paraguai: Passa então a necessitar de financiamentos ingleses.

- Os libertos no Brasil: questionando a escravidão, fixando-se principalmente no Rio de Janeiro: construção de “favelas”.

- Fortalecimento do exército→ sensação de ingratidão do imperador.

A questão da escravidão:
- Aumento do número de rebeliões escravas e de oposição a escravidão→ Opinião pública cada vez mais contrária a escravidão.
- 1845, Inglaterra: lei→ a marinha poderia sequestrar navios negreiros.
- Projeto de branqueamento da população→ atração de europeus.
- senhores escravistas: pressão por indenização
- A legislação foi surgindo: Lei Eusébio de Queiroz, fim do tráfico atlântico (1850); “Ventre Livre” de 1871, dentre outras ações.
- Fortalece-se o tráfico interno, principalmente do Nordeste para o Sudeste.
-13 de maio de 1888 -“Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel→ Objetivando o apoio dos negros e a imagem de heroína.
-Pós abolição: ex-escravos sem direito a cidadania.
 
O fim da monarquia (1889):
Fim da escravidão: escravistas na oposição à monarquia→ “Republicanos 14 de maio”.
- Insatisfação da igreja católica, controlada pelo governo (padroado)
- Militares→ Insatisfação e acusação de corrupção do governo. Influenciados pelo “Positivismo” –criado pro Augusto Comte (1798 – 1857): pregava a cooperação para o desenvolvimento, sem o conflito social. Lema: "O Amor por princípio e a Ordem por base; Progresso por fim". – Militares: dão o golpe que põe fim ao regime. Assim dão o golpe que proclama a república com participação popular praticamente nula.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O imperialismo no século XIX e XX

- Circulação de pessoas e mercadorias facilitada pelas novas tecnologias de transporte e de informações – Século XIX.

- Busca por áreas coloniais pelos países “desenvolvidos” (capitalistas e industrializados) – principalmente entre 1875 e 1914.

Imperialismo = imposição do poder político e da exploração econômica sobre regiões distantes, com utilização da força militar.

Antes, a presença europeia na África e Ásia era limitada a algumas praças comerciais e ao litoral, agora a dominação se deu por vastas regiões.

As novas colônias obedeciam à lógica protecionista, ou seja, estavam fechadas às outras potências e deveriam produzir de acordo com a necessidade da metrópole. Inicia-se uma disputa entre os países europeus por novas colônias.  A força e o prestígio da nação estariam ligados a posse de colônias. O sentimento nacionalista também esteve presente na busca por áreas de dominação, resultando muitas vezes em conflitos entre países europeus.



No século XIX também se cria a ideia de raça, principalmente após as teses de Charles Darwin (1809-1882). Com este discurso a colonização é defendida como uma “missão civilizadora”, onde o homem branco “superior” deveria levar o desenvolvimento aos povos “atrasados” e “inferiores”. Houve também um intenso trabalho missionário, que visava impor os valores cristãos e muitas vezes justificar a ação europeia.



A colonização se deu de diversas formas, dependendo de vários fatores, como a organização social das regiões almejadas e os interesses da potência colonial.



A colonização da África:

- Desde fins do Século XVIII campanha pela abolição do tráfico de escravos:

Inglaterra- grande adversária deste comércio.

A partir de 1820 o tráfico de escravos foi proibido (pela Inglaterra) ao norte da Linha do Equador.

Inglaterra: fiscalização da Costa Africana e aprisionamento de navios negreiros.

- Em muitas regiões a população foi brutalmente explorada e massacrada.

- A “Conferência de Berlim” (1885): Diplomatas europeus discutem as áreas de influência – visando apenas o benefício da metrópole.

- A população africana: resistências, negociações, revoltas, sabotagens, fugas.

- Somente no século XX domínio se efetiva no interior.

- Exploração de recursos naturais, como as minas de metais preciosos e produtos agrícolas.



A colonização da Ásia:

- A partir de 1850, dominação norte-americana, japonesa e europeia no interior do continente.

- Combates violentos e estratégias de cooptação dos nativos, por exemplo através de missionários e do oferecimento de cargos (inferiores) na administração.

- Índia: em 1876 declarada parte do Império Britânico. Rígido controle social.

-China:

Brava resistência ao domínio estrangeiro.

Inglaterra, França e EUA: estímulo ao uso de ópio pelos chineses.

Derrota chinesa na Guerra do Ópio (1839- 1842): divisão do território entre as potências imperialistas.

O caso japonês:

- A partir de 1868: modernização da economia e da sociedade, chefiada pelo Estado.

-A “Revolução Meiji”→ rápido desenvolvimento industrial (à custa de forte exploração dos trabalhadores).

- Início do século XX: expansão imperialista sobre a Coreia e a China.