sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O BRASIL IMPÉRIO


O reinado de D. Pedro I (Primeiro reinado):

Apoio da elite brasileira (principalmente do sudeste), que exigia uma constituição para o Brasil.

Divisão das elites em dois grandes grupos principais: o “Partido Brasileiro” e o “Partido Português” –não eram partidos propriamente, eram grupos.  O Brasileiro: duas correntes→ uma mais conservadora e centralista (concentração do poder nas mãos do imperador) e outra mais favorável a descentralização (maior autonomia para as províncias – como os estados eram chamados). Português: manter privilégios dos portugueses e a união com Portugal.



Os portugueses continuavam com privilégios no pequeno comércio, o que gerava muitos conflitos com a população local.



1823: eleição por voto censitário (só homens adultos com renda votavam) para a Assembleia constituinte.

A assembleia:

- Discussão entre os dois “partidos”

- Cria uma constituição que tirava os privilégios comerciais dos portugueses, colocava obstáculos para a participação política dos pobres (renda pelo preço da mandioca – daí chamada “Constituição da Mandioca”) e limitava os poderes do imperador.

D. Pedro I fecha a Assembleia e chama uma constituinte não eleita, que cria a constituição de 1824.

Constituição então outorgada (imposta pelo imperador) com quatro poderes: judiciário, legislativo, executivo e moderador (exercido pelo imperador e acima dos outros poderes).

A Confederação do Equador:

Elites do Nordeste insatisfeitas com a política do imperador.

Projeto de uma confederação de Estados no Nordeste, modelo dos EUA.

As camadas populares se juntam , colocando em questão inclusive o papel dos pobres e do negro na sociedade.

As elites recuam no movimento, que é massacrado por D. Pedro I.

A abdicação de D. Pedro I:

- Constantes revoltas populares.

- Problemas econômicos pelas dívidas com a Inglaterra e pelo crescimento do cultivo de açúcar de beterraba na Europa.

A Guerra da Cisplatina (1825 – 1828)→ enfrentamento entre Brasil e Argentina pela região do Uruguai que acabou tornando-se independente. O conflito foi financiado pela Inglaterra e aumentou a crise econômica.

- Descontentamento nas cidades e na opinião pública.

- A morte de D. João VI em Portugal e a crise de sucessão dão o motivo final da abdicação (1831)



O Período regencial (1831 – 1840):

Caberia a Assembleia eleger três homens para o governo (regência trina), por D Pedro II ter apenas cinco anos. Também houve regências unas (de Feijó e de Araújo Lima).

- Eixo dos debates: centralização do poder ou federalismo.

-Diversas rebeliões, sejam das elites, de classes médias urbanas, da população pobres e de escravos, em diversas regiões.

- Reformas na constituição, diminuindo o poder moderador.

- Criação da Guarda Nacional, para reprimir as revoltas nas províncias.

- 1831: proibição do tráfico de escravos, por pressão inglesa (D. Pedro e D João já haviam também se comprometido com a causa)→ lei que “não pega” – mas alguns escravos lutam na justiça pela sua liberdade.



1840: União das elites políticas para promover a estabilidade e reprimir as rebeliões de cunho social: Promovem a antecipação da maioridade de D. Pedro II (golpe da maioridade).



O governo de D Pedro II (1840- 1889):

Política:

-Não trouxe de imediato a estabilidade social – Revoltas liberais em São Paulo e Minas Gerais (1842), A Revolução Praieira (1848 –Pernambuco, também liberal) e a continuidade da Revolução Farroupilha 1835 – 1845→ Da elite do Rio Grande do Sul, só controlada com a anistia (perdão) aos revoltosos.

- Conduz pacto para a estabilidade política entre os dois grandes partidos: o Partido Liberal e o Partido Conservador, com os mais radicais de ambos os partidos sendo afastados.

-Os liberais lutavam por maior autonomia política das províncias e pela diminuição do poder do imperador, diferentemente dos conservadores.

-Os dois partidos muitas vezes cederam e participaram ativamente dos gabinetes ministeriais, revezando-se.

Economia:

- Momento de prosperidade com o Café (plantado inicialmente no Vale do Paraíba, entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais (década da 1830), que teve seu auge na Região Oeste de São Paulo)- produto valorizado, passa a ser o principal artigo de exportação.

- Crescimento do tráfico de escravos, apesar da oposição inglesa.

- Modernização de alguns setores, com a construção de ferrovias e estradas e uma pequena industrialização (com a renda do café e com capital inglês)

- Crescimento das cidades.

- Surto da produção de borracha na Amazônia e de algodão no Maranhão no contexto da Guerra de Sucessão nos EUA (1860-65)

A Guerra do Paraguai (1865 – 1870):

- Disputa sobre fronteiras e a navegação de rios inicialmente entre Paraguai, Argentina e Uruguai.

- Brasil entra no confronto e torna-se o principal agente da guerra.

- Contingente brasileiro majoritariamente negro. Escravos alforriados para lutar, muitas vezes no lugar dos senhores.

- Objetivo brasileiro: impor sua hegemonia.

- Guerra mais sangrenta da história da América→ Paraguai devastado.

- Inglaterra: grande financiadora (aumento da dívida do Brasil)

- Paraguai: Passa então a necessitar de financiamentos ingleses.

- Os libertos no Brasil: questionando a escravidão, fixando-se principalmente no Rio de Janeiro: construção de “favelas”.

- Fortalecimento do exército→ sensação de ingratidão do imperador.

A questão da escravidão:
- Aumento do número de rebeliões escravas e de oposição a escravidão→ Opinião pública cada vez mais contrária a escravidão.
- 1845, Inglaterra: lei→ a marinha poderia sequestrar navios negreiros.
- Projeto de branqueamento da população→ atração de europeus.
- senhores escravistas: pressão por indenização
- A legislação foi surgindo: Lei Eusébio de Queiroz, fim do tráfico atlântico (1850); “Ventre Livre” de 1871, dentre outras ações.
- Fortalece-se o tráfico interno, principalmente do Nordeste para o Sudeste.
-13 de maio de 1888 -“Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel→ Objetivando o apoio dos negros e a imagem de heroína.
-Pós abolição: ex-escravos sem direito a cidadania.
 
O fim da monarquia (1889):
Fim da escravidão: escravistas na oposição à monarquia→ “Republicanos 14 de maio”.
- Insatisfação da igreja católica, controlada pelo governo (padroado)
- Militares→ Insatisfação e acusação de corrupção do governo. Influenciados pelo “Positivismo” –criado pro Augusto Comte (1798 – 1857): pregava a cooperação para o desenvolvimento, sem o conflito social. Lema: "O Amor por princípio e a Ordem por base; Progresso por fim". – Militares: dão o golpe que põe fim ao regime. Assim dão o golpe que proclama a república com participação popular praticamente nula.

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