A primeira República ou “República Velha” (1889-1930):
1889: Golpe militar com ideologia positivista→ Líder: Marechal Deodoro da Fonseca -1º presidente: provisório –disputas: Elites de SP, MG e Rio Grande do Sul: pró federalismo; Marinha: pró império; RJ – “Jacobinos”: republicanos. Conflitos do governo com a imprensa.
Os símbolos da República: tentativa de reconstrução dos símbolos nacionais – Mudança parcial da bandeira, enaltecimento de Tiradentes...
1890: Rui Barbosa, ministro da fazenda, concede créditos para indústrias emitindo papel moeda = inflação e especulação na bolsa de valores: crise do “encilhamento”- enorme inflação.
Constituição de 1891: Federalismo no Brasil (autonomia dos estados).
Renúncia de Deodoro – Vice: Floriano Peixoto presidente→ acusação de ilegalidade – Tensão, mas apoio do Partido Republicano Paulista.
A revolta da Armada (1983): navios da Marinha bombardeia o Rio de Janeiro e Niterói – rebelião sem apoio popular finda (1894) – “revolução Federalista”: Rio Grande do Sul, guerra civil (1893-1895): Positivistas com apoio do governo: autoritarismo e fraudes- oposição de liberais e federalistas –Guerra nos três estados do sul- 10 mil morem. Floriano derrota as duas revoltas: “Marechal de Ferro”
1894: Primeiro civil eleito – Prudente de Morais- da elite cafeeira paulista; fim da “República da Espada”.
Aliança com as oligarquias (elites locais)→ “Política dos governadores” -governo Campos Sales (1898- 1902)- apoio do governo federal aos governos estaduais que apoiavam as lideranças locais (interior – Coronéis: “Coronelismo”)→ controle: votos “de cabresto”: aberto, fraudulento – sem justiça eleitoral independente – troca do voto por favores e até imposição pura.
Movimento Sociais no campo e na cidade:
Campo:
Principais – Canudos (Bahia 1896)→ Líder político-religioso Antonio “Conselheiro”- Luta pela terra (fazenda Canudos = coletivização da terra), contra a exploração dos latifundiários e a república (associada a penúria). Duro massacre do governo. Contestado (Santa Catarina 1912-1916)→ inspiração religiosa e luta pela terra (expulsão de caboclos para construção de ferrovia – aliança com trabalhadores). Luta e Milenarismo (crença na volta do messias e na felicidade e abundância). Condenação pela igreja católica.
Revoltas e banditismo (jagunços e cangaceiros), principalmente no Nordeste – ex.: Grupo de Lampião (décadas de 1920-1930): armados e fora da ordem vigente.
Cidade:
Movimento operário (décadas 1900 – 1910) – inspiração anarquista.
Operários: formação: europeus (principalmente italianos) e negros – luta por direitos e melhores condições de vida– contra o trabalho feminino e infantil com menor remuneração. RJ, 1889 – 1900: greves. SP: grande greve em 1917. Anos 1917 – 1919: greves no RJ e SP→ dura repressão. Conquista dos primeiros direitos trabalhistas.
O Movimento Negro: Lutas históricas. Associações, jornais, grupos (como a “guarda Negra”- defesa da imagem da princesa Izabel e luta por respeito), atuação dos “capoeiras” e fundação do Partido da Frente Negra Brasileira (São Paulo – 1931)→ Luta por direito político e valorização do negro. Brasil: preconceito em órgãos públicos.
A Revolta da Vacina: Rio de Janeiro -1904.
Rebelião contra a vacina obrigatória: truculência da polícia, invasão das casas e machismo da população.
Revolta também contra a exclusão sócio-espacial - Contra as “Reformas Pereira Passos” - remoção da população pobre e negra do centro do Rio de Janeiro, destruindo lares e lugares históricos de resistência –“higienização” e preconceito.
Dura repressão ao movimento. Obs.: o prefeito Passos não iniciou as remoções, mas as intensificou.
A Revolta da Chibata:
Trabalho no Brasil – permanência de práticas escravistas, como castigos físicos.
Marinha: açoite aos marinheiros (maioria negros) – 1910: João Cândido (marinheiro) lidera revolta.
Navios tomados – ameaça de bombardeio ao RJ – negociação com o governo e rendição. João Cândido: sobrevive a tentativa de assassinato do governo.
A Semana de Arte Moderna:
São Paulo, 1922→ críticas ao governo e aos coronéis – Defesa da industrialização e modernização. Renovação: influências estrangeiras e cultura nacional – “Antropofagia”: Brasil “come” influências.
O Tenentismo:
1922 – Pequeno grupo de oficiais: protesto no forte de Copacabana: os “dezoito do forte”.
Militares de patentes médias: integrantes das “classes médias urbanas” – críticas ao governo deste grupo.
1924: levante em São Paulo e ida para o Rio Grande do Sul→ junto as tropas de Luis Carlos Prestes. “A Coluna Prestes”: Grande Marcha pelo interior→ chamar à luta pela moralização da política. A coluna acaba: Luis Carlos Prestes na URSS.
1922: Fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Niterói – rápido crescimento e adesão de alguns membros do movimento tenentista. Na ilegalidade constantemente, mas com crescimento.
Os conflitos na oligarquia:
A política do Café-com-leite: São Paulo (mais rico e populoso) e Minas Gerais (mais populoso)→ revezamento no governo com a utilização do voto de cabresto. Crise na sucessão presidencial de 1930. “Aliança Liberal” (Minas Gerais e Rio Grande do Sul – líder Getúlio Vargas): derrota eleitoral. Movimento Armado (Rio Grande do Sul, Minas e Nordeste)→ “Revolução de 1930”: Vargas – governo provisório. Apoio dos grupos políticos descontentes: possibilidade de mudança.
O Período Vargas (1930 – 1945):
Vargas, 1930: Fecha instituições (ex. congresso) e intervêm nos estados – combate as oligárquias – centraliza o poder político.
Atendimento a demandas dos movimentos sociais e busca pelo controle (ex. sindicatos). Propaganda: direitos sociais “doados” por Vargas. Criação de algumas Leis trabalhistas.
Reação das Oligarquias – 1932, SP: reivindicação de eleição e Assembleia constituinte. Insurreição armada reprimida.
Eleição de 1934: Vitória de Vargas e Novas Leis trabalhistas na nova constituição.
Tentativa de aliança com as oligarquias e reforço do “pacto com os trabalhadores”: busca dos trabalhadores como base política. Repressão a líderes anarquistas e socialistas e não direito a greve.
Fortalecimento de grupos fascistas no Brasil: surge a Ação Integralista Brasileira (AIB) - 1932
ANL: Associação Nacional Libertadora – frente com participação também de comunistas – luta contra o fascismo. 1935:ilegalidade. Comunistas: rebelião (“intentona comunista”) – com Luis Carlos Prestes. Onda de repressão e aumento do autoritarismo de Vargas (com tendências fascistas).
1937: Golpe→ “Estado Novo”: ditadura – legitimação: “perigo comunista”.
Nova constituição e fortalecimento do poder central (presidente).
Censura e perseguição (“lei de Segurança Nacional”, 1935), fechamento de sindicatos – Repressão.
Trabalhismo:
Uso maciço da propaganda (rádio – “A voz do Brasil” e cinema) - imagem de “pai dos pobres” – defesa de que “doou” as leis trabalhistas (salário mínimo, jornada de 8 horas, justiça do trabalho, férias) – CLT (Consolidação das leis trabalhistas): 1943 –sem alcançar campo e o trabalho doméstico. Controle dos sindicatos→ financiamento.
Uso de datas cívicas e do dia do trabalhador para propaganda do governo. Nacionalismo.
Economia:
Construção de indústrias de Base (principalmente siderúrgicas) e de transformação. Financiamentos estrangeiros (EUA) –industrialização e integração nacional (ferrovias).
Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial (pressão dos EUA) – Importante campanha contra a Itália Fascista
Fim do primeiro governo Vargas:
Aumento das críticas internas – participação dos ex-combatentes da 2ªGM.
Defesa da democracia.
Surgimento da UDN (União Democrática Nacional) –conservador, anticomunista e antigetulista – medo do fortalecimento dos trabalhadores como personagens políticos.
Comunistas e PCB: apoio a Vargas e ao seu Partido Trabalhista Brasileiro: campanha “Queremista”
PSC (Part. Social Democrata) – candidato Eurico Gaspar Dutra.
Desistência de Vargas das eleições. 1945: vitória de Dutra (sem apoio de Vargas).
Nova constituição: voto secreto e também feminino, direito a greve e pluripartidarismo.
Fortalecimento político dos trabalhadores e crescimento do PCB – continuação das disputas políticas.
Mundo: Guerra Fria.
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