O Antigo
Regime (séculos XVI-XVIII) ou “Período Moderno”:
Marcos do Fim da Idade Média: Descoberta da América (1492) /
O Renascimento Italiano / A fundação da Igreja Luterano (1521).
O Renascimento:
Nascimento nas cidades italianas – prosperidade econômica
Fenômeno presente em grande parte da Europa Ocidental (séculos XIV
– XVII)
Projeto de revitalização das tradições culturais da antiguidade,
que acabou criando novas formas artísticas, culturais e científicas
O movimento: autoconsciência de sua importância e desprezo à Idade
Média.
Crítica à igreja católica e Antropocentrismo.
Influência dos textos trazidos de Constantinopla (ocupada pelos
Turcos Otomanos)
Sua herança: artes, filosofia (humanismo), ciências e no direito.
Política: Renvação política e formação das “Câmaras de Governo”
O Processo de formação dos Estados modernos (ou
“monarquias absolutistas”) – Séculos XIV-XVI - se deu pela união de
diversos fatores:
A guerra dos 100 anos (França e Inglaterra – 1337 – 1453), que por
sua duração trouxe: impostos permanentes, o fortalecimento do exército do rei e
de sua burocracia.
Neste cenário de crise houve várias revoltas camponesas.
A nobreza e o clero, ameaçados pelas revoltas populares apoiaram o
rei.
Burguesia: desejava o apaziguamento, a constituição de mercados, a
unificação da moeda e dos impostos → apoio ao rei.
O reis eram Absolutistas?
Os limites do poder real:
-visão corporativa
da sociedade: os limites do “absolutismo” (séculos XV-XVII) – “O rei como
cabeça não pode governar sozinho” = O rei deveria respeitar os direitos das
partes, ou seja, deveria respeitar cada parte do “corpo social”.
- as teorias explicativas desta “novidade” (o “Estado”) – os
contratualistas (o povo cede sua liberdade para receber a paz, o que
caracterizaria um “contrato social”).
Principais contratualistas:
Thomas Hobbes
(1588 – 1679) – Acreditava que “o homem é o lobo do homem”, portanto, que o
homem era mau por natureza. Dado isto, sem governo e com liberdade, a
humanidade viveria em permanente estado de guerra, sendo necessário um rei que
colocasse ordem através da força, colocando assim os homens em relativa paz
social.
John Locke (1632 – 1704): Para este pensador, o homem vivia em relativa
liberdade mas acabou por aceitar governos dada a necessidade de proteção aos
direitos individuais.
O Ethos Nobiliárquico
(ou “o comportamento da nobreza”):
Nas sociedade de Antigo Regime os homens podiam ser classificados
de acordo com suas “qualidades”. Neste sentido qualidade significava fidalguia, nobreza, riqueza e status. O trabalho braçal era visto como
degradante e imprópio. Surgiram assim dois defeitos
tardo-medievais para qualificar os homens, nomeadamente o “defeito de Sangue” e
o “Defeito mecânico”.
Defeito de Sangue: Ser descendente de não cristãos católicos (nas monarquias
católicas), infiéis ou de pessoas que cometeram atos “impuros”, acabando assim
com o nome da família e portanto com a fidalguia – coceito muito forte em
Portugal.
Defeito mecânico: Executar trabalhos manuais ou ser subordinado a não nobres.
Um indivíduo que não tivesse título de nobreza e quisesse
reivindicar um para si deveria provar que não tem tais defeitos. Quando tais defeitos
fossem encontrados apenas o rei porderia
perdoa-los.
Ser nobre nas Sociedades de Antigo Regime possibilitava a
participação na Sociedade Política, facultando rendas e privilégios. Em muitas
regiões periférias, como em colônias como a do Rio de Janeiro, estes homens se
auto-facultavam o título, arrogando-se de serem a “nobreza da terra”, fato que
deveria ser reconhecido pelos seus pares. Muitas vezes mesmo o rei reconhecia
este tipo de nobreza. Mas, para isto
estes homens deveriam se comportar – ou ao menos parecerem se comportar – como
os nobres da Corte.
A formação e a expansão dos países
ibéricos (Portugal e Espanha)
1.1 A constituição
de “Portugal” e da “Espanha”:
a)Península Ibérica: Domínio Mouro (VIII – XII) – Portugal:
domínio cristão pela “Guerra de Reconquista” (cruzada). Em 1139 o Ducado
Portucalense torna-se um reino autônomo.
b) A burguesia portuguesa participando do comércio de especiarias
para a região dos Flandres (norte da Europa).
c) Espanha – Reunião de vários reinos → casamento de Fernando de
Aragão e Isabel de Castela (1469).
d) O acordo entre Castela e Portugal sobre a continuação das
conquistas: A não possibilidade dos portugueses avançarem para o Leste da
Península. O tratado de Tordesilhas (1494) apoiado pelo papa – a divisão entre
Portugal e a Espanha das terras a se conquistar.
1.2 A expansão
portuguesa:
a) Espírito cruzadístico e comercial
b) África Ocidental:
- início do século XV – ocupação das ilhas atlânticas e conquistas
no norte da África → plantio da cana-de-açúcar (produto tropical muito
valorizado na Europa) com mão-de-obra escrava negra.
- Busca de metais, marfim e especiarias. A inserção no
comércio de escravos
- A ocupação limitada a fortalezas e feitorias.
- A Relação com soberanos locais – a diferentes formas de
negociação da presença portuguesa
- 1488 – a conquista do “Cabo das Tormentas”, então “Cabo da Boa
Esperança”.
c) África Oriental e na Ásia:
- o encontro com grandes redes de comércio (mulçumanas,
africanas, mongóis e etc.)
- as várias estratégias de domínio: negociação, guerra, suborno e
etc.
- conquistas na Índia → A construção da capital Goa como
“cabeça” do Império Português no Oriente.
- Expansão na China (construção da cidade de Macau), no
Japão, Golfo Pérsico e Málaca (malásia)
- A importância das carreiras administrativas → experiência
e domínio para a manutenção/expansão das conquistas.
- As várias formas de colonização →
o império formal e o informal (“portugueses” em áreas não administradas pela
coroa portuguesa).
Nenhum comentário:
Postar um comentário