domingo, 17 de julho de 2011

As transformações da América Portuguesa e o processo de independência do Brasil.

As transformações da América Portuguesa (séc. XVIII):



Descoberta de minas de ouro- Promove a mudança da capital para o Rio de Janeiro e o surgimento de novas atividades econômicas. Nas Minas=  enorme contingente de escravos e homens livres e pobres que buscavam o enriquecimento = tentativa de controle metropolitano.

A “Guerra dos Emboabas” 1707- 1709→Paulistas desejavam o controle das minas – derrota humilhante. “Revolta de Vila Rica (ou Felipe dos Santos)”→ Contra o estabelecimento de casas de fundição do ouro e a taxação em 1/5 da produção.

Séculos XVIII e XIX→ Significativo aumento do tráfico negreiro, com predomínio de comerciantes “brasileiros”.

 As conjurações (ou inconfidências):

Minas Gerais, 1789→ reunião de intelectuais (mineradores e comerciantes) que criticavam a política colonial portuguesa (principalmente a derrama, imposto individual que recairia sobre os habitantes das minas)- planejavam a independência da capitania, com bases iluministas, mas sem acordo sobre a questão da escravidão. O grupo foi descoberto e seu membro mais humilde, Tiradentes, foi enforcado em praça pública.

Bahia, 1798→ “Conjuração dos alfaiates”- reunião de diferentes setores sociais, articulação de cunho social, que buscava a igualdade racial e a independência.



Período joanino (1808-1821):

 - Fuga da Corte (do rei, sua família, tesouro e parte dos principais nobres e funcionários) dada a declaração de invasão de Napoleão a Portugal, pela aliança com a Inglaterra. A Inglaterra garante a segurança da fuga e Portugal põe em prática a já antiga ideia de fundar um império Luso-Brasileiro que teria como base a América. Ainda a caminho do Brasil, D. João VI decreta a “abertura dos portos brasileiros às nações amigas”, terminando oficialmente com o monopólio metropolitano.



Rio de Janeiro: Nova sede do Império→ algumas casas obrigatoriamente desocupadas para os nobres, reorganização do espaço urbano, embelezamento da cidade, surgimento de instituições de controle social (ex. polícia) e etc.

Surgimento de instituições de caráter nacional, como a imprensa régia o Banco do Brasil (para o desenvolvimento econômico), e estímulo a vinda de artistas, botânicos e etc.



Em 1810 D. João VI firma tratados com a Inglaterra, que passa a ter privilégios comerciais e civis . Além disto, o príncipe se compromete a acabar lentamente com a escravidão (o que não cumpriu).

São permitidas manufaturas no Brasil.



Em 1815 o Brasil é declarado “Reino Unido a Portugal e Algarves”, deixando assim de ter o estatuto de colônia.



D. João VI não retorna à Portugal, mesmo com o fim da ocupação de Napoleão. Inicia-se um movimento de reivindicação para sua volta no reino. Ainda como Regente, em 1817, destrói a “Insurreição Pernambucana”→ Revolta contra os altos impostos cobrados pela Corte. Insatisfação com a permanência da exploração, revelando o desagrado com a política joanina em outras regiões. Os privilégios advindos da presença da família real eram para as elites do sudeste, que em por seu turno financiavam o rei e em troca recebiam uma série de honras e mercês (títulos de nobreza, privilégios comerciais e etc.)



Em 1818 D João VI é coroado rei no Rio de Janeiro, no largo de São Francisco.



- O processo de independência:



Revolução liberal do Porto (Portugal, 1820): Exigência do retorno do rei e de uma constituição (fim do absolutismo), além da submissão da América.
                                                    as cortes de 1822
                                       

 D. João retorna, mas como forma de manter a estabilidade no Brasil deixa seu primogênito, D. Pedro.


O Brasil passava por uma série de revoltas escravas, o iluminismo fazia-se presente e a autonomia econômica em relação a Portugal era clara. As elites da América não aceitariam a volta a situação anterior a vinda de D. João VI. Além disto, vários países haviam conquistado a independência na América espanhola.


Com o ultimato das cortes portuguesas (que preparavam a constituição) para a volta de D Pedro, este declara a independência (7 de setembro de 1822), em clara sintonia com o conservadorismo das elites brasileiras, sem tratar a questão da escravidão, da estrutura agrária, dos anseios das camadas urbanas e etc., pois nossas elites temiam a perda do controle da situação.

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