domingo, 3 de julho de 2011

A revolução Francesa (1789 – 1815)

A Primeira fase da Revolução Francesa (1789 – 1792):

1789→ Luís XVI convoca a reunião dos estados gerais – representantes dos três estados (clero, nobreza e povo) para solucionar questões financeiras mas a discussão torna-se política. 
Sem definição o rei fecha a reunião, mas o terceiro estado se revolta com apoio popular e impõe uma Assembléia para criar uma Constituição para o reino, que limitaria o poder do rei.

Luís XVI articula reação, mas os trabalhadores das cidades (Sans-culottes) reagem, tomando armazéns e paióis, dentre eles Bastilha. Formam-se batalhões populares e os revolucionários assumem cargos públicos. No campo castelos são invadidos, alguns nobres são mortos e documentos de servidão e de dívidas são queimados. É o Período do Medo. São cancelados os direitos feudais e as dívidas dos camponeses.

Em 26 de agosto de 1789 há a “Declaração de Direitos do homem e do Cidadão” →Liberdade de pensamento e religião, igualdade civil, liberdade de comércio e direito à propriedade.

1791→ Promulgada a primeira constituição da França→ Poder dividido em executivo (com o rei), legislativo e judiciário (eleitos). O voto é censitário, só homens com renda votavam.

Em 1792 a Áustria e Prússia declaram guerra à revolução. O povo rebela-se e defende a implantação da República.





A segunda fase (1792- 1795):
Nova Assembléia, chamada de Convenção, eleita pelo voto de todos os cidadãos (sufrágio universal) → dividida principalmente em Gerondinos (moderados), Jacobinos (radicais) e planície ou centro (oscilava entre os dois grupos),
 
Primeiro ano→ controle dos gerondinos. Há invasões estrangeiras contra a revolução. Por pressão popular e jacobina o rei (que tenta fugir) é guilhotinado. O povo reivindica o tabelamento de preços, o que não é atendido.

Em 1793 o poder passa para os jacobinos, sob a liderança de Robespierre. Inicia-se o período do Terror→ perseguição a todos que não apoiassem a revolução e mortes em massa na guilhotina. É o momento mais progressista, com a reforma agrária, a abolição da escravidão nas colônias, o tabelamento do preço de alguns gêneros alimentícios e dos alugueis e o sufrágio universal dentre outros.

Em 1794 os girondinos reassumem o controle e acabam com o “terror”, mantendo a perseguição apenas aos jacobinos (Robespierre é guilhotinado).
1795→  Nova constituição - retrocesso de conquistas sociais. Nova assembléia eleita, chamada Diretório.

A terceira fase - Diretório (1795- 1799):
Liderança dos gerondinos→ repressão aos radicais e aos populares. Há vários golpes de Estado sucessivos.
Para estabilizar o poder→ apoio a Napoleão Bonaparte, jovem general, popular pelas vitórias militares e gerondino. Em 1799 há um golpe de Estado que coloca três homens no governo, dentre eles Napoleão, que centraliza o poder.
O período Napoleônico (1799 – 1815):
Estabiliza as tensões e cria um ambiente propício para o desenvolvimento da burguesia. Reprime críticos e censura a imprensa.
Em 1804 cria o “Código Napoleônico” claramente pró-burguesia. Cria o Banco da França impulsionando o desenvolvimento industrial. Investe na infra-estrutura (estradas e etc.), para o deslocamento das tropas, a geração de empregos e a integração do mercado. Investe na educação pública, inclusive em Universidades, para gerar mão-de-obra especializada para a indústria e controlar a produção de conhecimento.

Napoleão Bonaparte, "coroado pelo povo"

Domina boa parte da Europa, colocando parentes e aliados como governantes das áreas dominadas→  Expansão como forma de revanche às nações inimigas da revolução e para a propagação da mesma (luta contra o absolutismo). Usa o exército como instrumento de geração de empregos e de aliados, também investe maciçamente em propaganda política.

Em 1804 promove e ganha plebiscito que o declara Imperador.
Em 1806, para enfraquecer a Inglaterra (nação inimiga da revolução) e fortalecer as indústrias francesas, declara o Bloqueio Continental→ Todos os países europeus estavam proibidos de comercializar com os ingleses. As nações→ prejuízo (Inglaterra: vendedora e compradora poderosa), além das indústrias francesas não conseguirem satisfazer as necessidades de consumo. A Rússia retoma o comércio com a Inglaterra e Napoleão tenta invadi-la, sendo derrotado em 1814.

Surge a coligação anti-francesa, com a Inglaterra, Rússia, Prússia, Áustria e Suécia, que se juntam as populações revoltadas pela ocupação Napoleônica. Internamente Napoleão também estava enfraquecido. Em 1815 Napoleão é exilado e morre em 1821.

Notem a extensão do Império de Napoleão 
Com a derrota, líderes monarquistas europeus juntam-se no Congresso de Viena, como o objetivo de restabelecer a ordem e o equilíbrio anteriores à Revolução. Forma-se a Santa Aliança, com a Rússia, Prússia, Áustria e França (sem a Inglaterra, que visava apoiar as possíveis independências americanas) para reprimir qualquer movimento contestatório.

A Revolução foi um grande exemplo e não pode ser anulada pelos monarcas absolutistas. O povo mostrou sua força e poder, mesmo sem conquistar ao final daquele contexto todas as suas reivindicações.

Indicação de Filme:
casanova e a revolução, como indicado em aula.

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